Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

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Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

sábado, 9 de abril de 2011

“Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto?”




Paz e Bem!

Daqui a pouco dias estaremos solenemente celebrando a maior festa da cristandade > a Páscoa,  o  Oitavo e definitivo  dia  da criação, o primeiro dia da nossa Fé > a  ressurreição de Nosso Senhor  e Salvador Jesus Cristo.

Toda nossa Fé gravita em torno desse acontecimento, a ressurreição do Senhor, o Kerigma Apostólico faz sentido a partir desse momento singular na Historia> tudo só faz sentido se crermos e pregarmos que Jesus ressuscitou verdadeiramente e apareceu aos discípulos e nas nossas vidas.

Mas em nossa caminhada quaresmal,  pautada por  desapegos e renúncias , pela  conversão e  penitência,  nos deparamos com este formidável momento,  no qual   Jesus  re-vive Lázaro de Betânia,

O  Evangelho deste Domingo é o texto de  João 11, 1-45 ,  onde o Discípulo Amado ,  com a força de suas revelações contundentes,  nos apresenta este texto com duas grandes mensagens centrais.

A primeira delas diz respeito às nossas dores e como Deus age diante delas.

Vejam que João nos conta que Jesus amava Lázaro, que soube que ele havia adoecido,   que era chamado a Betânia .

Entretanto,  Jesus ainda se demora dois longos dias, até ir à casa de Lázaro .

E podemos nos ver também na situação de Lázaro de sua família : quantos de nós que ficamos doentes, ou nossos familiares e amigos estão também sofrendo, em agonia, e clamamos por Deus...e Ele parece demorar  tanto para chegar  ...

É que o tempo de Deus não é o nosso, os planos de Deus são Seus, mas mesmo assim, quando Ele chega até nossa agonia, Ele se compadece, Ele chora por nós, como Jesus chorou pelo amigo .

E aí se encontra a primeira grande lição deste Evangelho de hoje, nosso Deus não é tapa-buracos; jamais compreenderemos seu modo de agir! Ele nos ama, Ele é fiel, Ele se preocupa conosco, Ele conhece nossas dores. Mas, jamais compreenderemos Seu modo de agir no mundo e na nossa vida!

Uma coisa é certa: se crermos, veremos sempre a glória de Deus, em tudo no mundo e em tudo na nossa vida Deus será glorificado!

E é nesta linha que se dá a segunda parte deste texto >  o diálogo entre Jesus e Marta no qual Jesus  lhe revela algo extraordinário, e ainda dá a Marta a liberdade de crer !

“Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto? ( vv 25-26)

Eis o mistério revelado, a ressurreição já não é uma promessa que Marta vagamente  acreditava .

Não! A ressurreição tem agora  um Nome > tem um Rosto >  a ressurreição não é mais uma promessa > uma esperança  > ela é uma Realidade palpável > é uma Pessoa > A ressurreição é Jesus!

Esta  será também  a nossa ressurreição,  que se projeta no nosso dia a dia, na nossa esperança  concretizada em Jesus, e a nossa garantia de que , se morremos em Cristo, Nele ressuscitaremos, e já não mais morreremos, nem dormiremos eternamente, mas estaremos com Cristo, vivos e participando de sua eternidade.

Porque nosso Deus não é um Deus de mortos, nem dos que dormem. É o Deus dos vivos, dos que creram Nele e Nele foram justificados.

Ser justificado é se tornar justo, é receber a graça de vencer a morte e participar do banquete celeste, que o Sacramento da  Eucaristia prenuncia.

Jesus  não ressuscitou Lázaro , ele o  fez reviver, o texto de João aponta para este acontecimento > A VIDA , que o Cristo nos trás e que  desconhece as amarras da morte, mesmo daqueles que estão mortos e nem perceberam...

Não nos esqueçamos que é para que tenhamos a vida que  Jesus se entregou por nós: “morto na carne foi vivificado no Espírito Santo pela sua ressurreição “(cf. 1Pd 3,18).

Resta-nos então desafiar a morte , como São Paulo > "Onde está ó morte, a tua vitória?” 
( l Cor15, 55).

Frei Bento, frade menor e pecador.


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