Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.
Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Maria nos visita.




Paz e Bem !

Neste dia 31 de Maio, terminando o mês de Maria, das mães e das flores, a Igreja celebra a festa da visitação de Nossa Senhora a Isabel, conforme o texto de Lucas 1, 39-56.

Nestes versos de Lucas se encontra o tesouro da Mariologia, que é o estudo do papel da Virgem Maria dentro da Cristologia, porque toda nossa Fé está centrada no Cristo, e a pessoa de Nossa Senhora só tem a sua grandeza quando vista  através dos  olhos de Jesus, em função Dele e para Ele.

Porque a doce Virgem é aquilo que ela mesmo definiu ser > a humilde serva do Senhor, e seu grande mérito foi saber ser pequena, ser a última, ser a mulher silenciosa que contempla a Vida do Filho com os olhos de quem ama profundamente. 
Mas que viveu como  nenhum outro ser humano, este encontro visceral com Deus, esse grande mistério , o de  gerar em  suas entranhas > Aquele que sempre existiu .

Em Lucas 1, 41 temos o verso que exprime essa singularidade quando Isabel, cheia do Espírito Santo proclama , e Lucas insiste em dizer “em alta voz”, ou seja para que mesmo os ouvidos que não querem ouvir, ouçam,  que diante dela estava a mãe do Seu Senhor. 


E o Senhor é Deus.


Não a mãe de um menino qualquer, mas a mãe do Menino,  que desde a sua concepção era simultaneamente Homem e Deus, pois que Nele as duas naturezas estão unidas, da mesma forma que Ele é Uno com o Pai mediante o Amor do Espírito Santo.
Mas Maria é silenciosa, ela não protagoniza, ela não assume nos Evangelhos e no Kerigma Apostólico, papel de proeminência. Porque ela soube ser aquilo que encantou a Deus, humilde e pequena, silenciosa e discreta, mas firme na submissão a Deus e a Seu Plano.

Karl Barth, teólogo protestante do século XX,  tem uma abordagem interessante sobre esse papel de Maria, aparentemente secundário, mas fecundo de significado e de testemunho. Ele escreveu que :  “Maria é um fator indispensável na proclamação bíblica pela ausência da ênfase em sua pessoa, pelo significado infinito de sua modéstia e humildade, de quem só recebe a bênção”.

Em um tempo em que tantos cristãos querem ser os primeiros , atrair pra si as atenções  do mundo , da mídia, do dinheiro, Maria os contrapõe o seu exemplo,  de quase absoluto anonimato, de sua quase inexpressividade, mas que do seu silêncio , de suas poucas palavras, de sua pobreza > é que nos chegou o Salvador.

Aquele Jesus que tanto amamos e que disse certa vez que , quem quiser ser o primeiro, que seja o último, quem quiser ser o maior,  seja o servo,  pois  os últimos serão os primeiros, os servos serão os justos e os humilhados é que serão exaltados, no Seu Reino, na Sua Lógica.

E esta foi Maria > a Virgem  do serviço >  da humildade >  e do silêncio.

E Maria nos visita também hoje, trazendo-nos o Seu Filho. Que também possamos ser como João Batista, e saltar de alegria diante Dele, que é o Deus de nossa alegria.

Frei Bento, frade menor e pecador.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Estamos preparados para renunciar nossas certezas > para alcançarmos a Fé?






Paz e Bem  !


“Eis que deixamos tudo para segui-lo” .



Pedro inicia assim o Evangelho de hoje, Marcos 10, 28-31,  “ Eis que nós deixamos tudo pra segui-lo”.     Mas  eu ousaria perguntar: " Deixamos mesmo?




Será que nós , que nos dizemos cristãos, deixamos tudo mesmo para seguir Jesus ?

O que seria esse “tudo” para nós,  hoje?

No nosso tempo, como “naquele tempo” multidões querem seguir Jesus. 

Mas...

Para seguir Jesus existem as exigências, não é apenas um apelo ao emocional “aceitar Jesus” e sair por ai gritando se dizendo salvo, ofendendo e agredindo a quem eu acho que não aceitou Jesus (do jeito que eu aceitei). 

É que, aceitar Jesus significa renunciar a si mesmo, deixar tudo, “seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida”.
Isto é, renunciar a si mesmo, porque do contrário: “não pode ser meu discípulo.”
E Jesus vai mais além, “Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo”.

Jesus não pede que sejamos pregados na cruz com Ele. Jesus nos pede para seguirmos atrás d’Ele, colocando nossos pés nas suas pegadas, compartilhando com Ele nossas cruzes, nossas renúncias, nossos desapegos a tudo que temos.
E estas exigências de Jesus não visam nos humilhar, não é um capricho do Senhor, não é uma arbitrariedade.

Ao contrário, é ver o mundo a partir da ótica de Jesus, da moral de Jesus, é nos permitir alcançar a compreensão do mistério da vida> que somente é conhecido pelo coração de Deus.

E quem não tem cruzes para carregar?Quem não tem um peso enorme nos ombros que se torna parte de si mesmo que nem mais nos damos conta de quanto é pesado?
Jesus não quer que carreguemos outras cruzes. Basta a nossa. Por este motivo Ele nos pede, deixem tudo, se esvaziem , se tornem leves. É como dizer, se você se tornar leve a sua cruz também será, e poderá caminhar atrás de Mim: “porque meu jugo é suave e meu fardo é leve”Se não for assim não construiremos o Reino de Deus, ele ficará inacabado como a torre que não soubemos planejar. E perdermos a batalha, porque não calculamos bem os nossos exércitos para nossos combates.


Frei Bento, frade menor e Pecador.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

”Então Senhor, quem se salvará? “ O homem que queria a vida eterna.






Paz e Bem !

O Evangelho de hoje  é o texto de Marcos 10, 17-27, onde um homem rico (Mateus irá chamá-lo de jovem. Marcos o chama de um homem, da multidão),  chega até Jesus e lhe pergunta como entrar na vida eterna.
Jesus lhe responde, cumpra os mandamentos> " não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe”. 
Curiosamente,  Jesus não cita , como causa de salvação, o que os outros  tanto citam, o foco de Jesus são os mandamentos da ética, talvez por não cumprirem esses, é que tantos só falam em Êxodo 20,4.
Mas para Jesus, que é quem nos interessa, a ética , a relação com o irmão, o respeito aos pais, ao patrimônio alheio, isto sim, é o que importa.
Mas o homem lhe diz, tudo isto já faço....
E Cristo então lhe diz sobre o diferencial, o principal, e o faz "com olhos de amor">
Só uma coisa te falta então para cumprires realmente a Vontade de Deus, que sejas salvo> 
"vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!”
Mas isto era muito difícil para aquele homem, e também é para os discípulos que rodeavam Jesus.
E o homem sai triste, porque , Marcos nos explica > ele era muito rico.
Jesus então ensina sobre ser mais fácil um camelo entrar pelo fundo da agulha do que um rico entrar no reino de Deus.
Jesus dirá então aos seus: Jesus disse então aos seus discípulos: Em verdade vos declaro: é difícil para um rico entrar no Reino dos céus!
E o Senhor insiste>
.Eu vos repito: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.
Os Apóstolos,  pasmos com esta declaração de Jesus, fazem então esta pergunta que freqüenta sempre nos corações daqueles que buscam a Deus de coração sincero, porque a Fé é uma Esperança, não deve ser  uma convicção:
Então Senhor, quem se salvará? “
A salvação é como nos lançarmos  nos braços amorosos de um Pai Misericordioso  e viver com Ele uma comunhão sem rupturas. 
Salvar-se é ver-se coberto com o manto do perdão e da misericórdia, e também cobrir o próximo com este mesmo manto. 
Significa crer que não basta sermos filhos de Abraão, não basta termos decorado a Sagrada Escritura, se não vivemos aquilo que pregamos, se não usamos da misericórdia no trato conosco e com o próximo .
Porque o Reino é daqueles que souberam ser íntimos do Senhor no caminhar desta vida. Dos que souberam dar o sim incondicional, como o sim de Maria, o sim que muda nossa vida, e a conforma ao tamanho da porta que queremos cruzar para nos salvarmos, a porta da agulha, que os ricos desapercebidos, não conseguirão cruzar. Como o camelo, os ricos são irracionais a ponto de não medirem seus tamanhos > pelo tamanho da porta: que é estreita. Eles, muitos deles, não souberam ser o últimos,  estarão grandes demais, como as corcovas de um camelo..
Nos resta  esta reflexão do difícil texto de São Marcos  de hoje > estamos pequenos o suficiente para sermos os últimos > os que serão os primeiros?

Frei Bento, frade menor pobre  e pecador
 

sábado, 26 de maio de 2012

Vinde Espirito Santo ! Vós sois a Alma da Igreja.







Paz e Bem !

A Igreja celebra neste Domingo,  a Festa do Divino Espírito Santo, o  Pentecostes.  O Evangelho que ouvimos é S.João 20, 19-23, quando o Senhor aparece aos discípulos que estavam no Cenáculo e sopra sobre eles o Espírito Santo e os envia com a missão de curar os corações feridos, as almas machucadas, as dores do mundo. Tudo isto o Senhor faz com um sopro, o mesmo sopro com o qual, no Gênesis, o Criador infunde a vida nos Homens. E este sopro, esta vida, é o Espírito Santo.

Na segunda leitura de hoje, I Coríntios 12, 3b-7.12-13, São Paulo nos dirá que somos todos membros do mesmo corpo cuja cabeça é Jesus e que bebemos todos do mesmo Espírito.
Este sentido de pertinência nos envolve todos numa única realidade: somos todos membros do Corpo onde o Cristo é a cabeça. E este corpo é a Igreja, solenemente ungida pelo Espírito Santo naquele momento histórico do Cenáculo que nos fala a 1ª leitura , Atos 2, 1-11, onde o Espírito vem como um vento impetuoso e desce sobre cada um dos apóstolos e de Maria Santíssima, e torna clara todas as coisas quando dá a todos o Dom do entendimento. Muito mais que glossolalia, dá a eles a capacidade de falar e serem ouvidos , de ouvir  e compreender.

Podemos fazer então o paralelo entre Gênesis 11, 1-9, onde é contada a passagem da Torre de Babel e o Cenáculo.

Na  atemporal Torre de Babel, lemos que todos os homens falavam a mesma língua e se puseram a construir a famosa torre que atingiria o céu. E Deus lhes confunde as línguas e os dispersa sobre a terra, pois tal projeto , porque absurdo, não possuía a sabedoria que só o Espírito poderia lhes dar.

No Pentecostes,  Deus os reúne novamente, o Cenáculo é a nova Babel, mas desta vez o projeto é santo porque vem do Céu e não dos homens.  Se no Gênesis o Espírito era de confundir as línguas dos homens, no Pentecostes o Espírito é de esclarecimento: as línguas dispersas na Babel , são de novo reunificadas , os homens re-adquirem a capacidade de compreender o outro,  e de o serem, por todos, porque são mediados pela Sabedoria do Espírito que vem do Alto.

Este é o Espírito que faz novas todas as coisas antigas , que renova a face da terra e a vida daqueles todos que estavam reunidos e amedrontados, e que de súbito tudo compreendem e passaram a anunciar o que deveriam.

O Espírito Santo é a alma da Igreja, e também da nossa vida. Sem Ele, construímos torres de Babel geradoras de discórdias , não nos encontramos, nossos projetos são apenas projetos humanos, nossa sociedade se perde na confusão de sons que não produzem harmonia.

No Cenáculo Deus nos reconciliou com Seu projeto. Mediante o Espírito Santo Ele santifica nossas ações, nos concede os Dons que nos potencializam  para sermos criaturas melhores, cidadãos  do Reino de Justiça e de Libertação.

E então nos ficam essas reflexões: o que estamos a construir é obra do Espírito, ou apenas novas torres de Babel,  onde nem mesmo nós nos entendemos e nos encontramos em unidade?

Construímos Justiça e Libertação no Espírito , ou acentuamos as nossas discórdias e nossa nova escravidão, ao pecado e à opressão, às ações daquele que divide ?




Frei Bento, frade menor e pecador.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Jesus Cristo é um sinal de contradição?




Paz e Bem !

O Evangelho de S. Lucas 12, 49-53, nos trás um texto muito difícil; lemos palavras que nos assustam vindas da boca do Senhor> Ele fala que veio lançar o fogo a terra, e que se impacienta por acender esse fogo. Que deve ser batizado “com um batismo”, e que anseia por ele.

E diz que veio trazer, não a paz, mas a espada . Que veio dividir as famílias entre si, uns contra os outros, pai, mãe, filho, filha nora e sogra...

Mas isso não contradiz tudo que Jesus pregou?

Em Lucas e em Mateus, devemos considerar o momento histórico que foram escritos seus Evangelhos. Jesus havia voltado para o Pai, os Apóstolos e os discípulos pregavam o Reino entre judeus convertidos e entre pagãos.

E essas palavras do Cristo encontram sentido naquelas realidades, afinal, como viviam os primeiros? Não era uma vida fácil, o fogo que Jesus veio acender é o Espírito Santo que desce como labaredas sobre a Virgem Maria e sobre os Apóstolos no Cenáculo, o fogo que , em oposição às águas do dilúvio que a tudo inundaram, o fogo a tudo consumiu. Consumiu o Templo de Jerusalém, consumiu a nação dos judeus, queimou fisicamente mas sobretudo , queimou espiritualmente, ardiam com o fogo do Amor de Deus e por meio do Espírito renovaram a face da terra.

O Batismo que o Senhor ansiava, é esse batismo de fogo, que João Batista dirá > “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Cf. Lc 3,16)

E a divisão das pessoas , que Cristo anunciou, de fato se deu , tanto desde a Igreja primitiva, quando tantos , para seguirem Jesus, deixaram tudo, pais, mães, esposas, filhos, para serem dignos do Senhor, conf Mateus 19, 29.

Como se perpetua pelos nosso dias, na medida em que a Justiça, não é praticada, na medida em que o Reino de Deus em meio aos homens, se torne cada vez mais uma Utopia, em um mundo repleto de relativismos e de egoísmos. A verdadeira Paz possível, não é apenas a ausência das guerras, mas é sobretudo a Paz que é o fruto da Justiça, conf. Isaías 32,17.

Somente alcançaremos a Paz quando praticarmos a Justiça, em todas as nossas ações e em todas as estruturas humanas que criamos.

Somos capazes?

Frei Bento , frade menor e pecador.

sábado, 19 de maio de 2012

“Por que ficais aqui, parados, olhando para o céu?”








Paz e Bem !


O Evangelho deste Domingo, Festa da Ascensão do Senhor é o texto final de Marcos 16, 15 a 20, onde o Cristo pede aos discípulos que anunciem o Evangelho a todo o mundo e batizem como condição de fé e de perdão dos pecados.
Depois o Senhor é elevado aos céus , sentando-se à direita  de Deus Pai  e os discípulos foram pelo mundo anunciando e pregando o Evangelho. E nos narra São Marcos, realizando grandes prodígios.
Mas o texto que mais ricamente nos fala sobre a subida de Jesus ao Pai é o texto inicial dos Atos dos Apóstolos, Primeira  Leitura de hoje, Atos 1, 1-11 onde São Lucas  narra o acontecimento . 


E o Senhor é envolvido pela nuvem e sobe ao Pai sendo o único que Dele desceu então é o único que a Ele subirá.

O mais importante aqui é o que dizem os anjos aos discípulos:

“por que ficais aqui, parados, olhando para o céu?”

É como se dissessem, olhem para o horizonte , não para o vertical, olhem seus irmãos e o tanto de si que terão de doar por eles, parem de olhar para o céu, o Senhor que assim subiu um dia voltará, cercado de glórias.

Sim, Ele  voltará, mas até lá , olhem e cuidem uns dos outros, e jamais se esqueçam do que Jesus de Nazaré lhes ensinou: Amai-vos uns aos outros, não há amor maior do que doar a vida por seus amigos, e tantos outros mandamentos novos para nova terra que se inaugura.

Muitas pessoas ficam a vida inteira esperando Jesus voltar nas nuvens para serem arrebatados e coisa e tal, mas se esquecem que, até mesmo para que sejam dignos de tal arrebatamento, de serem dignos de encontrarem Jesus nos ares, terão antes que viver o Evangelho . 

Não simplesmente lerem o evangelho e auferir riquezas com isto. 

Terão de viver a dor do irmão, na carne e no espírito e,  se não reconhecerem no pobre e no oprimido a pessoa do Cristo, quando Ele vier, também não serão capazes de reconhece-Lo, porque não souberam ver Jesus naquele homem, mulher, velho, criança, pobre, desdentado, perseguido , desempregado, faminto e nu, que sempre os desafiou, e deles sempre receberam um solene e calvinista desprezo:” estais ai nesta condição porque não fostes cumulados de bençãos, nós sim somos benditos porque somo ricos – a nós o ceu, a voces o inferno da miséria”.


Esta "teologia" vai de encontro ao que é de mais puro e santo no Evangelho, o amor incondicional.

Quem não ama o pequeno , o miserável, quando Jesus voltar já não poderá reconhecê-Lo, porque não O viram nas feridas dos irmãos.
Pensaram vê-Lo nas riquezas que acumularam em Seu nome, que a traça corrói e a ferrugem destrói.
Nossa missão, construir o reino de Deus , que não está próximo no tempo, mas esta NO próximo, no nosso tempo.


Como você constrói o Reino de Deus, esperando Ele nas nuvens ou vendo Jesus nos pequeninos.


Se você não ama e pratica a caridade entre os pobres que é onde Jesus está , como poderá saber que é Ele que vem no céu cercado de glória e como poderá ter certeza que "encontrará Jesus nos ares?"

Frei Bento , frade menor e pecador.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Jesus não foi Profeta na sua terra, nem na terra de muitos !






Paz e Bem!

O Evangelho de Mateus 13,54-58, nos conta que Jesus foi a Nazaré , à Sinagoga da cidade e lá estava pregando. E o povo murmurava dizendo, mas não é este o filho do carpinteiro, sua mãe não é Maria, não conhecemos seus irmãos...etc. E ficaram escandalizados dizendo" de onde vem tudo isto". Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” 
E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.'
São Mateus não nos diz o que Ele ensinava na Sinagoga e que provocou tanta revolta nos seus conterrâneos. Mas o Evangelho de Lucas diz: Jesus ensinou que n'Ele se cumpriram as profecias, porque Ele veio para anunciar aos pobres a Boa Nova, para proclamar a liberdade aos cativos e a vista aos cegos; para dar a liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça do Senhor. (Lucas 4, 18-19).
Então fica claro porque os seus não o receberam, como inclusive São João nos conta no seu proêmio.
As pessoas ainda naquela época já preferiam as pregações distanciadas da realidade,no tempo e no espaço, as pregações que corroboram seus desejos escapistas, as que alimentavam suas parusias esquizofrênicas. E quando escutam falar de pobres de oprimidos, de cativos, estas palavras incomodam ainda hoje, destoam do ambiente da prosperidade, nos relembram que não existe cristianismo sem a cruz, sem a dor, sem o compromisso com a caridade , sem a libertação do pobre e do oprimido de suas condições de miséria econômica e moral.
Por este motivo Jesus não foi Profeta em sua Terra e nem será na terra de ninguém, que se recuse a ouvir o que Ele tem a dizer, e o que Ele tem a dizer passa pela denúncia da situação da dor do próximo, das misérias e dos cativeiros do pecado e da opressão, e estas palavras não são convenientes para serem ouvidas, porque nos comprometem, a todos.
Daí que dizem quem é este? que autoridade Ele tem para nos dizer coisas que não queremos ouvir?

E Jesus sempre volta à nossa terra particular, nos dizendo coisas que incomodam, que nos envolvem na dinâmica do Seu Reino que é amor e compromisso com as situações de injustiças que somos vitimas, ou que somos protagonistas. E quando Ele nos fala de libertação e de caridade como sendo algo muito maior do que dar esmolas, quando Ele nos ensina que a verdadeira caridade é dar ao outro aquilo que lhe é de direito e que o mundo rouba,-> sua dignidade, através da exploração do trabalho que sofrem tantos irmãos nossos, ou mesmo pelo desemprego que marginaliza tantos. Quando Jesus nos diz dessas realidades que não queremos ver, Ele ainda é ignorado, e muitos preferem ouvir o que Ele não diz.

Jesus só é Profeta naquilo que nos interessa escutar?


Frei Bento, frade menor e pecador.

terça-feira, 15 de maio de 2012

De onde vem a Paz e o Bem?





Caríssimos:


São Francisco exortou aos irmãos:

A paz que anunciais com a boca, mais deveis tê-la em vossos corações. Ninguém seja por vós provocado à ira ou ao escândalo, mas todos por vossa mansidão sejam levados à paz, a benignidade e à concórdia. Pois é para isso que fomos chamados: para curar os feridos, reanimar os abatidos e trazer de volta os que estão no erro".

Muitos anunciam a paz mas não a trazem dentro de seus corações, é uma paz falada mas não é uma paz vivida. É sem sentido , é sem vida.

Se você desejar a Paz de Cristo antes viva em paz com Cristo, a que se vive , menos com o seu semelhante e mais com o seu diferente.

Porque viver em paz com o diferente de nós é que nos prova na verdadeira Paz.

Você vive a Paz que anuncia? E vive o Bem que ela promove?


Frei Bento, frade menor e pecador

sábado, 12 de maio de 2012

O Amor como Mandamento.






Paz e Bem !


Caríssimos, no VI Domingo depois da Páscoa, a Igreja nos faz ouvir o Evangelho de João 15, 1-17, onde Jesus meio que conclui o Discurso do Adeus que meditamos durante esta semana nos dizendo que como o Pai o amou , ele também nos ama, que devemos permanecer unidos a Ele  neste amor, guardando este mandamento todo Seu, todo próprio, essência da Sua Missão em meio aos homens que teve seu maior momento na Sua ressurreição,  por nós.
O amor como mandamento.
Amar é um sentimento inerente à criatura humana, somente nós  amamos, pelo menos só nós temos  consciência amorosa que nos liga e interliga em laços de cuidado mútuos.
Desde o amor que recebemos e também damos às nossas mães, e aqui vai o meu abraço à todas vocês mães que me lêem. Passando pelo amor à pessoa amada que é  a expressão sublime do amor de Cristo por Sua Igreja, até o amor ao próximo , seja ele quem for, o amor exigente  e difícil > o amor que nos consome.
Desde o decálogo o Senhor  Deus nos manda > Ama-Lo sobre todas as coisas, e ao próximo, como a nós mesmos.
Mas este amor escrito na pedra das tábuas de Moisés só encontrou realidade em Jesus de Nazaré, que , sendo Ele  mesmo Deus Conosco, nos ensina a amar o semelhante como condição para que o amor a Deus se torne verdadeiro, como lemos na 1 carta de João que diz que aquele que diz que ama a Deus e odeia ao seu irmão, é um mentiroso.
Como Deus amou o Cristo ,Ele nos ama, e este amor se desvela  no Espírito Santo, autor e fonte da vida, que revela o Amor através dos frutos que produz em nós.
Sim, o Amor como Deus amou o Cristo e que Ele nos ama,  é amor  do Espírito Santo, que nos dado pelos  frutos  que devemos cultivar em nós 

: amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, mansidão e domínio de si . ( Gálatas 5, 22-23).

Amar é o mandamento do Cristo, que torna a nossa ligação com Ele frutífera, na medida em que produzimos em nós mesmos os frutos do Espírito que nos comunica a vida.

E ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelo seu amigo.

Na festa de Nossa Senhora de Fátima, mãe amorosa do Filho, receptáculo do Espírito Santo que hoje celebramos, rogue por todas as mães. E que aquelas nossas mães, que estão junto dela, festejem conosco esta festa do Amor.



Frei Bento, frade menor e pecador.

terça-feira, 8 de maio de 2012

O discurso do Adeus.










Paz e Bem !

Durante esta semana em que nos preparamos para as festas da Ascensão e do Pentecostes, meditamos sobre o que podemos chamar de “o discurso do adeus” de Jesus aos seus, nos capítulos 14 e 15 do Evangelho de João.


Por onde somos levados a presença do Cristo que se identifica com O Pai, que diz ser a videira verdadeira, e nós os ramos e o Pai o Agricultor, que nos pede para permanecermos no Seu Amor, que nos dá o Seu mandamento > o Amai-vos, que tanto esquecemos, e que nos adverte sobre os ódios e as perseguições que sempre passaremos por estarmos unidos a  Ele, porque o Amor de Jesus é Luz mas é tamém Cruz.

Mas o mundo prefere as trevas.

E o Senhor da Vida nos reconforta nos garantindo, conforme o evangelho de S.João, 14, 15-21 > com palavras de Verdade, que jamais nos deixaria sós. Que por algum tempo mais este mesmo mundo que prefere as trevas, já não mais O veríamos, mas que com os seus, que somos nós, Ele sempre estará. E então, teremos vida.

E esse viver em Cristo só nos é possível pelo Espírito Santo que Ele nos dá, e pela Sua Palavra que não passa.

E o Espírito Santo torna Jesus presente no meio de nós mediante o Batismo e sobretudo , pela Eucaristia, a presença real do Senhor em corpo alma sangue e divindade no Sacramento do Pão.

O Espírito Santo que pedimos que nos seja mandado na consagração para que transforme o pão e o vinho no Corpo e Sangue do Senhor.

A presença do Ressuscitado em nossos Altares só nos é possível crer pela ação do Espírito Santo, que São Pedro nos diz, fez Jesus, morto na carne > ressuscitar no Espírito.

E Pedro nos pede também, que estejamos prontos para responder sempre que esta é a razão da nossa Esperança.

E aqui, Esperança é Fé.

Uma Fé valorosa, nossa resposta daquilo que cremos, e do como agimos, ainda que esta resposta nos custe a vida.

Porque somos chamados a testemunhar a Vida diante do mundo diante de sua cultura que leva à morte. Porque somos chamados a sermos testemunhas da docilidade do Espírito, que torna nossas penas e nossas dores mais leves e mais salvíficas.

O mundo não mais verá o Cristo, mas nós continuamos a vê-Lo, ainda que nas exigências do Evangelho, ainda que abraçando nossas cruzes e seguindo, porque Cristo nos precedeu tanto na vida quanto na morte, e está conosco até o final dos Tempos.

Batizados no Cristo, fomos mergulhados na Sua morte e renascemos na Sua ressurreição.

Participando de Seu Corpo e de Seu Sangue na Eucaristia é que adquirimos a Vida , e Vida em abundância.

Frei Bento, frade menor e pecador.


domingo, 6 de maio de 2012

Jesus é como a Videira.








Paz e Bem !

No V Domingo a Páscoa ouvimos o Senhor nos dizer que Ele é a verdadeira Videira, nós os ramos, o Pai o Agricultor, é o Evangelho de São João 15, 1-8.

Texto sublime, o Senhor é como a videira,  para nós falantes de português brasileiro é uma parreira de uvas, mas aqui videira, a vide ,  tem este sentido de vida.  Sim o Senhor é a Vida Verdadeira, e só temos a verdadeira vida se estivermos enxertados neste caule , neste tronco fecundo , como ramos, unidos de forma vital ao Senhor da nossa vida.

Aqui o Senhor nos mostra toda a sua imanência, sim, o Senhor nosso Deus não é um Deus ausente, um Deus transcendente ao mundo e á História.

Não, Deus está vivo, na Pessoa de Jesus Cristo, Deus que se encarnou na nossa humanidade infiel, e nos juntou todos a Ele mesmo, como uma única Videira, como uma única Igreja.

Este texto de João aponta para este Mistério salvífico que se realizou mediante Nosso Senhor, a Encarnação do Verbo não se deteve na cruz, ressuscitou, ascendeu ao Pai mas está aui, a encarnação continua na nossa História porque a Igreja é a continuidade deste Mistério onde nossa Fé transita e encontra guarida.

A Videira deste Evangelho é também a imagem da Santíssima Trindade, O Pai a plantou em meio a nós,  no seio da Virgem Maria, a Videira se fez Homem em Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a quem estamos unidos e bebemos a mesma seiva que é o Espírito Santo que a todos dá o mesmo alimento.

Mas cuidado , o ramo que não produzir os frutos deste amor misericordioso, será lançado fora, porque não revelou em frutos o que a seiva alimentou> o amor misericordioso do Pai Agricultor cultivando a Vinha da Alegria onde estamos unidos.

Os ramos são muitos, mas são diferentes, uns maiores, outros mais robustos , outros mais débeis, mas se produzirmos os frutos esperados  desta vide  salvífica, permaneceremos unidos ao tronco e seremos uma só Videira , com Cristo, na Igreja, vivendo a Esperança da vindima.

Esta é a Glória do Pai.

Caríssimos, ouçamos o que nos diz o Evangelista em sua 1 carta na segunda leitura de hoje:

“É este o seu mandamento: acreditar no nome de seu Filho, Jesus Cristo, e amar-nos uns aos outros, como Ele nos mandou. Quem observa os seus mandamentos permanece em Deus e Deus nele. E sabemos que permanece em nós pelo Espírito que nos concedeu.”

Frei Bento, frade menor e pecador.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A Bem-Aventurada Virgem Maria Mãe de Deus no Mistério de Cristo e da Igreja

Paz e Bem !












O período entre Outubro  de 2012 a Outubro de 2013 será declarado pelo papa Bento XVI como ano da Fé, conforme a Carta Apostólica- Motu Próprio >  Porta Fidei , um aporta que se abre para todos nós e está sempre aberta , para entrarmos no Mistério da Igreja. Ela mesma, a Igreja, é a Porta da Fé, é onde ouvimos a proclamação da Palavra de Deus que pretende que  nos transformemos , de ouvintes a protagonistas da Fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, e em Seus missionários no serviço do Evangelho.

Diz o santo padre que atravessar esta Porta da Fé nos  compromete com um caminho para a vida inteira, um compromisso com Jesus e Seu Evangelho, um compromisso de levar a Mensagem que salva e santifica.

Neste ano de 2012 também celebramos o jubileu do Concílio Vaticano II, que renovou a face da Igreja com o Sopro vivificante do Espírito Santo, que faz novas todas as coisas, que renova a face da Terra.

Um Concílio em aberto...Tamanha a sua grandeza e a  profundidade de seus Documentos que trazem tão grande e precioso tesouro para a nossa Fé e santificação , e é tão pouco conhecido.

O santo padre   nos pede para  conhecer, estudar a aprofundar o conhecimento do Sacrossanto Concílio,  para melhor distinguirmos o real e valoroso papel de Nossa Igreja  num Mundo cada vez mais necessitado da sua presença redentora.

Maio também nos lembra Maria, a Mãe de Deus que tão perfeitamente se une ao sentido da Porta Fidei, pois,  por meio dela , entrou a Salvação no Mundo.



Porta Fidei , inclusive, é um dos títulos que cantamos na Ladainha de Nossa Senhora, aliás, tão pouco cantamos ultimamente, em nossas igrejas e comunidades. 


Maria é a Porta Fidei , que aberta jamais poderá ser fechada, a verdadeira Fé é radical e exige um SIM radical como foi o sim de Maria à obra redentora de Deus Nosso Senhor.


Permitam-me,  portanto, compartilhar com os amigos e amigas alguns trechos dos principais temas dos Documentos do Concílio Vaticano II, examinemos suas palavras, descubramos o senso equilibrado de suas proposições, de suas definições. 


É o Magistério da Igreja em seu discurso mais recente.

Para começar, sendo Maio o mês de Maria, vamos ler aos poucos os trechos do Capítulo VIII da Constituição Dogmática Lumen Gentium, um destes 4 grandes Documentos Conciliares.

O Capítulo VIII é este que fala sobre o papel da Virgem Maria no Mistério de Cristo e da Igreja.

Ouçamos o seu proêmio:

1-PROÉMIO 




A Virgem mãe de Cristo 

52. Querendo Deus, na Sua infinita benignidade e sabedoria, levar a cabo a redenção do mundo, «ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Seu Filho, nascido de mulher,... a fim de recebermos a filiação adoptiva» (Gál. 4, 4-5). «Por amor de nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus e encarnou na Virgem Maria, por obra e graça do Espírito Santo» (171). Este divino mistério da salvação é-nos relevado e continua na Igreja, instituída pelo Senhor como Seu corpo; nela, os fiéis, aderindo à cabeça que é Cristo, e em comunhão com todos os santos, devem também venerar a memória «em primeiro lugar da gloriosa sempre Virgem Maria Mãe do nosso Deus e Senhor Jesus Cristo» (172).




Frei Bento, frade menor e pecador.





quarta-feira, 2 de maio de 2012

Os Neo Iconoclastas



Paz e Bem !

Hoje,  gostaria de comentar a falácia de inimigos nossos, sobre a  veneração aos santos, coisa demonizada por eles, como fazem com diversos aspectos da nossa Fé.

A veneração da Igreja pelos seus santos tem início por volta da metade do século II, em decorrência da morte de S.Policarpo de Esmirna, queimado vivo por ser cristão e confessar Jesus, por isto ele é chamado de mártir e confessor. Aliás , todos os mártires são confessores, porque , ao darem suas vidas pelo Senhor , o confessaram com seu testemunho de vida, e testemunho de vida não são tagarelices pré- ensaiadas para a televisão.

É sangue que corre pelo sangue de Cristo.

Naquele tempo, quem nos condenava como idólatras,   eram os judeus, por adorarmos  outro corpo,  como os primeiros  adoravam a  Jesus e veneravam os  seus mártires. 


Portanto a acusação de idólatra nasce na História a partir de Jesus Cristo, da acusação dos judeus da época,  de que os cristãos adoravam um homem , Jesus.

Assim sendo, estamos em boa companhia na veneração pelos nossos santos.

Policarpo de Esmirna, nasceu em 69 DC, e foi morto aos 87 anos de vida. Foi discípulo de São João que o escolheu para bispo de Esmirna onde viveu até seu martírio sendo um dos grandes pais da Igreja pelos seus ensinamentos, bebidos na fonte original de João o Apóstolo predileto do Senhor,  que levou para sua casa a Virgem Maria, Mãe de Deus.


Policarpo foi queimado vivo,antes, ao ser preso, disse aos seus algozes: "Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido Dele. Como poderei rejeitar Aquele a quem prestei culto e reconheço o meu Salvador".E, diante da fogueira rezou:


Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos".


O nome dele Policarpo já traduz sua fecunda vida cristã, pois, Policarpo em grego,  significa muitos frutos, frutos  que foram regados pelo seu sangue no seu martirio por Jesus.


Mas os cristãos de Esmirna recolheram os seus restos na fogueira e quiseram levá-los para um local onde pudessem se reunir para celebrar a Eucaristia. Foi então que veio a acusação de idolatria, a primeira da nossa História, aquela que os judeus da época fizeram. Mas os cristãos de Esmirna assim responderam aos ataques:


“Ignoravam eles que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem prestamos culto a outro. Nós o adoramos porque é o Filho de Deus.
Quanto aos mártires, nós os amamos justamente como discípulos e imitadores do Senhor, por causa da incomparável devoção que tinham para com seu rei e mestre. Pudéssemos nós também ser seus companheiros e condiscípulos!” (Martírio de Policarpo 17,2 +- 160 D.C).


Esta resposta dos cristãos de Esmirna  deveria também ser sempre  a nossa resposta.


Porque até hoje somos acusados de idolatria, por aqueles que jamais derramaram uma gota de seu sangue para a construção do Evangelho, antes,  só derramam notas de dólares para construção de templos que vão caindo...


São estes exemplos que, comparados aos exemplos dos que nos ofendem,  fazem toda a diferença , para o nosso lado, que é o lado direito de Cristo, de onde verteu sangue e água, nossa Fé, nosso Amor. 


Enquanto fomos regados pelos sangue dos mártires e por suas lágrimas, eles são regados pelo ódio, pela intolerância, pelo desrespeito ao outro em alteridade.


Frei Bento, frade menor e pecador.