Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.
Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

sábado, 16 de junho de 2012

Sit finis libri, non finis quaerendi !






Paz e Bem!


Obrigado a todos que por aqui passam e procuram ler as coisas que eu escrevo.
Agora sim é o momento para me despedir de todos;  aproxima-se o final da minha formação, meu Diaconato, e muitos outros afazeres que me tomarão muito tempo.
Meu muito obrigado a todos.
Espero um dia  poder voltar e compartilhar com vocês essas reflexões.


Um grande abraço, que Deus os abençoe fortemente.


Frei Bento, frade menor e pecador.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sagrado Coração de Jesus, fazei o nosso coração semelhante ao vosso!




Paz e Bem !


Na sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, a Igreja celebra a festa do Sagrado Coração de Jesus.


O coração era imaginado como o centro dos pensamentos, das paixões, dos sentimentos mais diversos; por isso torna-se uma imagem para falar também das emoções de Deus.


Deus fez- se um de nós, assumiu um coração de carne como o nosso para nos mostrar os sentimentos do seu coração e nos indicar como se transformarão os nossos corações quando forem preenchidos com seu Espírito.


É esse "coração" de Deus, que se revelou em Cristo que hoje a liturgia nos convida a contemplar.


Não é músuclo cardíaco de Cristo que veneramos neste dia, mas a capacidade de Jesus se enternecer, o coração manso e humilde que Ele nos disse ter, que é nosso mestres, pois Jesus disse: Aprendei de mim ,que sou manso e humilde de coração"


Na  carta de S.João 4, 7-16, somos convidados a saber que:


"Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor". e que ," Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele.


Este Deus tem um rosto, Jesus Cristo, nascido de mulher na plenitude dos tempos, conforme Gálatas 4,4, e que por nós foi crucificado e morreu, e de Seu lado trespassado jorrou água e sangue.


“Do seu interior fluirão rios de água viva”. João 7, 38, estas águas vivas vieram de Seu coração, manso e humilde, amoroso e santificante, e são as águas onde bebemos a água que sacia toda a sede.
Águas do amor, que quem bebe, estará em Deus e onde Deus encontrará Sua morada em nós.


O conselho de Jesus ecoa ate hoje em nossa alma: "Aprendei", se Jesus nos pede para aprender é porque não sabemos. 



Mas aprender o que? 


Que Jesus é manso e humilde de que?


De coração.


Se é para aprender então é para viver, esta mansidão e esta humildade de Jesus, cujo fardo é leve e o jugo suave.


Vamos nos esforçar, mais uma vez, tentar sermos mansos e humildes, eu , você, todos que aqui passarem, esta é a espiritualidade mais concreta de Jesus, a mansidão e a humildade.
Vamos tentar?


Sagrado Coração de Jesus , fazei nossos corações serem semelhantes ao Vosso.


Solenidade do Coração de Jesus - MMXII  AD

Frei Bento, frade menor e pecador.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Conhecem o Doutor Evangélico?





Paz e Bem !

Hoje celebramos a memória de Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua, um dos maiores Santos franciscanos de todos os tempos.

A devoção popular o identifica com várias superstições que em absoluto nada têm a ver com a pessoa do seráfico irmão.

Santo Antônio era chamado por Francisco como "meu Bispo", e foi admitido na Ordem como grande teólogo e pregador, que deixou a Ordem Agostiniana em Portugal, onde era professo, para seguir São Francisco na pobreza evangélica, amando intensamente os menores de sua época.


Ele nos fala das feridas de seu tempo, manifestando um amor profundo à Igreja e ao Evangelho, semeando a esperança, lutando contra as heresias, acreditando que é dentro da própria Igreja que ele ama com ternura e paixão, que se há de se operar a renovação e a mudança. 


Santo Antônio vê a Igreja como "Povo de Deus", como "Casa do Pão", como "Cidade de Deus". 
Há na sua pregação inconformismo, mas também compreensão e um veemente apelo à conversão, como regresso à vivência pessoal com Cristo. 


O Santo propõe um Evangelho redescoberto nas suas linhas mestras de liberdade, fidelidade, pobreza, fraternidade, justiça, respeito pela pessoa e serviço aos irmãos. 

O Papa Pio XII o declara Doutor da Igreja, e o chama de Doutor Evangélico.

Isto exprime não só a tonalidade bíblica da sua pregação, mas também a opção evangelizadora da sua vida. A obra escrita confirma a sua formação bíblica e muitos testemunhos históricos referem a eficácia da sua ação e da sua palavra junto da sociedade do seu tempo, pela sensibilidade aos anseios dela, pelo acertado diagnóstico das suas carências, pela adequação da sua linguagem, e sobretudo pelo testemunho do seu próprio modo de viver.



Na celebração de sua memória, Santo Antônio, rogai por nós.


Frei Bento , frade menor e pecador.

terça-feira, 12 de junho de 2012

O Sol, o sal, a lua.






Paz e Bem !

Caríssimos, hoje nos é dado  ouvir o Evangelho de Mateus 5, 13-16, onde o Senhor da Vida nos revela verdades perturbadoras: somos o sal e a luz do mundo...

Será que somos?

O sal somente poderá ser medido em quantidade, é difícil ver um único cristal de sal, no entanto, somos isso mesmo, pequenas e inúteis partículas de sal,  que só tem sabor quando juntas, só têm serventia quando em grande número, só então podemos realizar essa nossa vocação de ser sal da terra, só então seremos uma pitada de sal , que , entretanto, poderá alterar substancialmente o sabor, para mais , ou para menos.

No contexto bíblico o sal era usado para ser adicionado às oferendas do templo, era o um sinal da aliança de Deus com Seu povo conforme nos recorda o texto de Levítico 2, 13, quando era prescrito usar o sal nas oblações para ofertar ao Senhor.

Então , no Novo testamento, Jesus nos revela que somos o sal da terra, que se perder o sabor perde a utilidade.

Nossa utilidade como sal da terra está, portanto, na nossa adesão á Vitima Perfeita, à Oblação do Cordeiro, à definitiva Aliança do Deus Conosco > Jesus.

Seremos  o sal da terra na medida em que nos unirmos ao Sacerdócio do Cristo e nos tornamos em Jesus, novas criaturas, nação santa, povo do Senhor.

Tornamos-nos parte do Sacerdócio de Cristo pelo Batismo, por este motivo antigamente o sal era usado na unção batismal > para nos recordar que somos esse sal que o Cristo nos manda ser.

E somos o sal que se une ao Sacrifício da Vitima Perfeita através da Eucaristia, quando em comum nos unimos ao Corpo Sangue, Alma e Divindade de Cristo e cumprimos na Nova Aliança aquilo que  a Antiga Aliança previa.

Mas além de sal, somos como o sol, somos luzes do mundo.

Mas Cristo é a Luz do Mundo ( S.João 8, 12). Como podemos ser também, luz?

Do Evangelho de João nos vem a resposta,  que é uma proposta, pois , em Cristo havia a luz e Nele havia a vida , e a vida era a luz dos homens.

Entretanto, tantos não viram, e ainda se recusam a ver, a Luz que resplandece nas trevas.

O que Jesus nos pede hoje e que vejamos a Luz que Dele vem e a recebamos em plenitude, como graça sobre graça ( João.1, 16).

Que sejamos como a luz da irmã lua, refletindo nas trevas de tantas noites, a Luz radiante do Sol  que do Seio do Pai  emana,  através de nós, na nossa pequenina  luz >  neste mundo de tantas trevas.

Frei Bento, frade  menor e pecador.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O primeiro Corpus Christi





Paz e Bem !



"Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá..."

Caríssimos, a Solenidade de Corpus Christi que celebramos nesta Quinta-Feira tem como Evangelho o texto de São Marcos 14, 12-16.22-26     onde Jesus , na Ultima Ceia, nos apresenta o Sacramento da vida em nós> o Pão vivo que desceu do céu e que se faz Pão Eucarístico, verdadeira comida. E tem o Seu Sangue como Verdadeira bebida. 


Quem come deste Pão e bebe do Seu Sangue não morrerá , mas terá a vida em si mesmo.

Mas não existe Corpus Christi sem a procissão solene. 

É o Senhor que caminha em nossas vias , tão dolorosas, como o sol que ilumina nossa estrada, e nos resgata de nossos descaminhos.



Entretanto, a primeira procissão do Corpo de Cristo foi feita "naqueles dias", nos quais a Virgem Maria , como o primeiro sacrário , conduziu o Seu Filho, pelas montanhas da Judéia , para levar o Senhor à sua parenta Isabel. conforme o relato de São Lucas.



Maria tem a Alegria entranhada nela, literalmente o menino de Isabel pula de alegria no ventre ao ouvir a voz daquela que anuncia o Senhor e a Mãe de meu Senhor, que visitam Isabel nos altos daquelas montanhas.



Quando o Anjo do Senhor anunciou a Maria, ele disse-lhe um “Alegra-te” , e esta alegria cruzou as montanhas.

Amanhã, pela manhã, quando estivermos nas nossas cidades, sobre os tapetes carinhosamente preparados para a passagem do Senhor da Vida, lembremos desta primeira procissão do Santíssimo, e do primeiro sacrário que O abrigou.



E como a Mãe de meu Senhor, cantemos também ao Senhor que nos fez maravilhas, por meio desta mulher tão pobre, tão humilde, mas que tem o adorno mais brilhante do que todos o ouro com que podemos recobrir as nossas custódias.

O brilho da atitude de Maria, e nos apressemos, como ela se apressou, em transmitir a alegria do Cristo Eucarístico, nosso grande tesouro, nossa eterna alegria.

Em Aim Karim, o Filho revela na Mãe a que veio, assim como ela, Ele veio para servir.



Solenidade do Corpo de Cristo – MMXII

Frei Bento, frade menor e pecador.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Aprendendo lições...






Paz e Bem !


No Evangelho de hoje, Marcos 12, 18-27 > os Saduceus, que não acreditavam na ressurreição dos mortos,  apresentam a Jesus uma daquelas questões retóricas, perguntas que não querem respostas, que não são duvidas, mas afirmações em forma de pergunta:
A complicada questão dos  dos 7 irmãos que morreram, e que a única viúva dos 7 foi se casando com o irmão que sobrevivia. Até que o ultimo morre e então a pergunta:

Na ressurreição, de quem a mulher vai ser esposa? 

Jesus então responde que é uma questão inútil para ser feita, pois que na ressurreição dos mortos, ninguém mais será dado em casamento,  que os que receberem a graça da ressurreição, serão como anjos,  e os anjos não morrem.

E Jesus lhes dá a lição , a mesma que temos de dar aos que não lêem nas Escrituras aquilo que não lhes é conveniente. Jesus diz ao Saduceus, > por que vocês não lêem o que Moisés diz na Sarça ardente quando chama o Senhor de Deus de Abraão , de Isaac e de Jacó, três mortos dos quais o Senhor é Deus ?

E revela o que muitos não querem ler: não existem mortos em Deus, pois tal como do três citados por Moisés já estarem mortos, ainda assim eles têm um Deus, porque estão vivos no céu.

Também hoje em dia , quantos dizem que os mortos não tem consciência de nada, estão dormindo eternamente aguardando a ressurreição final, enquanto Jesus diz  que Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, porque todos vivem para Ele ?
Da mesma forma, Jesus irá  dizer a Marta em São João 11, 25>Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. Crês  nisso?

Mas ainda hoje muitos não acreditam nisso, e ainda se dizem cristãos, e ainda renegam a santidade de tantos homens e mulheres que como Abraão , Isaac e Jacó , que já estavam mortos ao tempo da Sarça ardente, tinham em comum um Deus de Vivos. E estes são os santos, a Virgem Maria, os Apóstolos, os mártires, os confessores, as virgens, enfim, a multidão de crentes em Cristo , porque Nele estão vivos, porque Nele creram.


Muitos ainda hoje concebem a vida eterna como uma continuação desta, enquanto que, a vida da ressurreição não pode ser imaginada como cópia do modo de vida deste mundo.

Os Saduceus , diz o Evangelho, aprenderam a lição e não mais importunaram o Senhor.

Os de hoje, nunca aprendem...

Frei Bento, frade menor e pecador.

terça-feira, 5 de junho de 2012

A César o que é de César. A Deus o que é de Deus. O que é de Deus?






 Paz e Bem !


O Evangelho de hoje, Marcos 12, 13-17 nos trás a famosa frase de Jesus, quando interpelado pela hipocrisia dos fariseus, e dos herodianos daquele tempo, que até hoje fazem  perguntas hipócritas,não se interessando propriamente pelas respostas que são dadas. 


Fazem perguntas para "tentar" no pior sentido que a palavra "tentação" tem.


E é isso que fazem com Jesus quando lhe perguntam: é lícito pagarmos impostos a César.


Jesus percebe a armadilha dos fariseus .


Que nós possamos percebê-las também.


Primeiro falsamente elogiam o Senhor, mas com elogios verdadeiros.


Sim , Jesus é sincero quando ensina o caminho de Deus. E Não faz acepção de pessoa alguma.


Como fazem os fariseus.


É lícito ou não pagar tributos a César?


O tributo era o sinal da dominação romana; os fariseus a rejeitavam, mas os partidários de Herodes a aceitavam.


Se Jesus respondesse "sim", os fariseus O desacreditarão diante do povo; se ele dissesse "não", os partidários de Herodes iriam acusá-lo de subversão.


Mas Jesus não discute a questão do imposto.


Para Jesus o que importa é o ser humano, não as autoridades e suas hipocrisias: a moeda é de César, mas o povo é de Deus.


O imposto só é justo quando reverte em benefício do bem comum. Jesus condena a transformação do povo em mercadoria que enriquece e fortalece tanto a dominação, como vemos hoje em dia, tantos sendo dominados por uma nova forma de "imposto" m cobrado "em nome de Jesus"mas que beneficia os falsários agindo em Seu Nome.


E o povo sendo objeto de exploração do governo, pagando altos tributos sem que a contrapartida seja revertida em seu favor.


No Brasil , o povo paga altos impostos ao Governo, e recebe baixíssimos serviços pelo que paga.


O que é de Deus certamente não é nem dos que extorquem o povo em Nome de Deus, nem é de Deus o que o povo paga ao Governo, que beneficia os grandes interesses econômicos, que não são os interesses do povo, sobretudo dos mais pobres.


O que é de Deus é a felicidade de Seu povo, o que é de Deus é a partilha dos bens e das riquezas, de forma que possamos dizer como aqueles que viviam nas comunidades do princípio " "Não havia indigentes entre eles... A cada um era repartido segundo a sua necessidade" (At 4,34-35).


O que é de Deus está sendo revertido em função dos que são de Deus, o seu povo, ou dos que agem como se fossem ?


Frei Bento, frade menor e pecador.

sábado, 2 de junho de 2012

Em Nome do Pai, do Filho e do Amor !




Paz e Bem e bom Domingo a todos !

Neste Domingo,  celebramos no nosso calendário litúrgico a solenidade da Santíssima Trindade e o Evangelho que lemos é o texto de São Mateus 28, 16-20

Nele Jesus se encontra no monte com os onze, que prostrados, O adoraram. Ainda que houvessem dúvidas em seus corações. Afinal, o texto de hoje narra os acontecimentos anteriores ao Pentecostes e estão inseridos no discurso do Adeus, as ações do Ressuscitado antes de subir ao Pai.

Jesus, porém , lhes assegura que toda a autoridade Lhe fora dada do céu sobre a Terra, e esta autoridade Ele a transmite aos onze, à Sua Igreja que deve prosseguir a Missão de ressuscitar os homens e as mulheres pelos caminhos da História,  batizando a cada um em um Batismo Trinitário; um Batismo que nos torna imersos no Mistério de  Sua morte >  e nos revive na Sua Ressurreição. 

Homens e mulheres novos, para uma Nova terra, redimida do Pecado pelo Batismo de Sangue da Cruz. E a Igreja, tal como a Nova Arca de Noé. Ela  nos resgatada das tormentas do pecado pelas águas do Batismo.

"Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo”.  Nos diz o Senhor  de nossas vidas.

A Trindade é o grande Mistério que nossas palavras mal conseguem balbuciar o seu sentido, como uma criança,  que mal consegue dizer palavras,  mas sabe o amor imenso em que vive.


Dela só podemos dizer > ´E o Pai que Ama, o Filho que é Amado, e o Espírito Santo que é o Amor.

Consideremos este Amor.


O Espírito Santo é o principio ontológico da Trindade, Aquele que dá a conhecer o Mistério através da inspiração.

Mais do que nunca hoje vemos tantas concepções de Deus, eu não forma reveladas pelo Espírito, pelo menos não o Espírito Santo de Deus.

Existem deuses que as pessoas seguem com grande euforia, deuses esotéricos, deuses humanos, deuses da prosperidade, deuses que são sinônimo de dinheiro, sucesso e poder, pessoas vingativas que vêem um Deus vingativo (Deus tarda mas não falha!) etc.

O ser humano sempre procura aquilo que lhe convém, aquilo que é mais cômodo, mais fácil, mais imediato, mais proveitoso a curto prazo.

Jesus nos revela uma comunidade de Amor, nos revela que o Pai é capaz de dar uma festa quando voltamos para Ele, que Deus é relação, comunhão, partilha.

E esse Amor de Deus é tão unificado, tão identificado entre suas três Pessoas, que ao nos dirigirmos ao Verbo estaremos vendo o Pai e ao louvarmos o Espírito estaremos louvando o Amor e ao louvarmos o Pai estaremos louvando ao mesmo tempo a entrega do Filho e a revelação do Espírito. Vemos um só Deus.

A Trindade é pois, uma Comunidade de Amor, o Amor é o Nome de Nosso Deus.

E só descobrimos este Amor trinitário, quando permanecemos neste Amor, esta permanência no Amor é a comunhão com os irmãos.

Quem Ama a Deus que é mistério e ama o irmão por amor a Deus, realiza a Trindade em si mesmos.

Amamos nosso irmão , sobretudo ao mais pobre e pecador, por amor a Deus Tri uno de Amor, ou nosso amor é um amor egoísta, onde Deus se tornou uma propriedade particular nossa, uma espécie de gênio da lâmpada mágica , que esfregamos para que Ele realize nossos desejos egoísticos?

Festa da Santíssima Trindade .

Frei Bento, frade menor e pecador.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O Livro do Apocalipse - uma visão do futuro ? Ou do presente de São João?







Paz e Bem !



O Apocalipse é tantas vezes lido numa perspectiva escatológica, sempre com a tendência de situar os acontecimentos simbolicamente ali contidos como uma promessa para um vago futuro.

E dando chances aos esquizofrênicos de procurar identificar a simbologia do texto com figuras ou instituições atuais, só varia o "atual" da esquizofrenia, permitindo sempre uma chance de atualizar em oportunismos, o que querem identificar como prefigurado na Revelação de São João.

Entretanto o Apocalipse é muito mais um livro da consolação do que da predição, um escrito de conforto e não de amedrontamento.


Escrito para as Igrejas da Ásia Menor que ao tempo de João, final do primeiro século, até o quarto século, viveram a trágica experiência da perseguição, da morte cruel por confessarem a fé em Jesus com a efusão do sangue.


Assim se desenvolve a trama do Apocalipse que se pode traduzir a grosso modo na eterna batalha entre o bem e o mal,com a vitória final do Cordeiro e da promessa de seu retorno.


O Apocalipse termina com a resposta do Senhor ao apelo pela sua volta: Sim! Eu venho depressa! Amém. Vem, Senhor Jesus!

Mas o “Sim, venho em breve” significa que hoje, como ontem, o Senhor vem, mas não para terminar a história, para assinalar o fim do mundo, as coisas finais.


Não, Ele vem para aqueles que padeciam e continuam a padecer as injustiças, as perseguições, o desamor, para “terminar e colocar fim” a tudo o que se oponha à vida, ao amor, à paz e à justiça".


É este o contexto do Apocalipse de João que tantos exploram para inculcar tantas crendices, tantas superstições, tanta ofensas àqueles que creem de forma diversa.


O Apocalipse não é o fim, ele será sempre o presente daqueles que sofrem e esperam no Senhor, na iminência de suas vidas, não na vaga promessa escatológica.


Por que distorcem tanto este texto para provarem o que não está nele escrito?


A linguagem extremamente simbólica do texto é que dá margem a tantas superstições e crendices?


Frei Bento, frade menor e pecador