Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

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sexta-feira, 1 de junho de 2012

O Livro do Apocalipse - uma visão do futuro ? Ou do presente de São João?







Paz e Bem !



O Apocalipse é tantas vezes lido numa perspectiva escatológica, sempre com a tendência de situar os acontecimentos simbolicamente ali contidos como uma promessa para um vago futuro.

E dando chances aos esquizofrênicos de procurar identificar a simbologia do texto com figuras ou instituições atuais, só varia o "atual" da esquizofrenia, permitindo sempre uma chance de atualizar em oportunismos, o que querem identificar como prefigurado na Revelação de São João.

Entretanto o Apocalipse é muito mais um livro da consolação do que da predição, um escrito de conforto e não de amedrontamento.


Escrito para as Igrejas da Ásia Menor que ao tempo de João, final do primeiro século, até o quarto século, viveram a trágica experiência da perseguição, da morte cruel por confessarem a fé em Jesus com a efusão do sangue.


Assim se desenvolve a trama do Apocalipse que se pode traduzir a grosso modo na eterna batalha entre o bem e o mal,com a vitória final do Cordeiro e da promessa de seu retorno.


O Apocalipse termina com a resposta do Senhor ao apelo pela sua volta: Sim! Eu venho depressa! Amém. Vem, Senhor Jesus!

Mas o “Sim, venho em breve” significa que hoje, como ontem, o Senhor vem, mas não para terminar a história, para assinalar o fim do mundo, as coisas finais.


Não, Ele vem para aqueles que padeciam e continuam a padecer as injustiças, as perseguições, o desamor, para “terminar e colocar fim” a tudo o que se oponha à vida, ao amor, à paz e à justiça".


É este o contexto do Apocalipse de João que tantos exploram para inculcar tantas crendices, tantas superstições, tanta ofensas àqueles que creem de forma diversa.


O Apocalipse não é o fim, ele será sempre o presente daqueles que sofrem e esperam no Senhor, na iminência de suas vidas, não na vaga promessa escatológica.


Por que distorcem tanto este texto para provarem o que não está nele escrito?


A linguagem extremamente simbólica do texto é que dá margem a tantas superstições e crendices?


Frei Bento, frade menor e pecador

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