Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.
Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Uma segunda e definitiva vez.

Paz e Bem !





Nesta Quarta Feira no Evangelho de Mateus 15, 29-37  veremos Jesus no território dos gentios repetir , ou re-fazer,  o milagre de multiplicar poucos pães e peixes para alimentar uma multidão da qual Ele se compadecia.
Apenas os Evangelhos de Marcos e Mateus repetem a narrativa da multiplicação dos dons. Mas tanto a primeira como a segunda multiplicação foi um “sinal” tão extraordinário na vida dos Apóstolos e discípulos que se torna a única narrativa comum dos 4 evangelhos.
Precisamente porque é este o grande sinal da partilha, o grande sinal dado á comunidade dos primeiros cristãos da necessidade de compartilhar tudo que possuímos, para que não haja necessitados entre nós, como lemos na descrição de Atos 4,32.
Quando  a primeira multiplicação ocorre entre os judeus, Mateus monta o cenário descritivo que nos lembra o fim das profecias, pois a narrativa se insere logo após a morte de João batista, o  final dos tempos > a noite que vinha chegando, a hora que já havia passado, representando a lei e os profetas que deram lugar ao Cristo , o aparente conflito entre o que os Apóstolos aconselham Jesus a fazer > “Despede esta gente para que vá comprar víveres na aldeia “ e o que Jesus lhes contrapõe com uma sentença: “ Daí-lhes vós mesmos de comer”.

Mas agora, na segunda vez que o Senhor compartilha o alimento, Ele o faz em terras de gentios, na nossa terra, após  constatar que a fé da mulher cananéia era tão grande, após nos curar de nossos pecados de sermos inertes , de sermos mudos , de sermos cegos, Ele se compadece de nossa inanição espiritual e reparte conosco o pão com as mesmas palavras que hoje a Igreja repete na Oração Eucarística , “tomou o pão e o partiu” , “e o deu aos  seus discípulos”.
Resta-nos completar o dom eucarístico , tomando e comendo todos nós, porque este pão assim compartilhado, é o próprio Cristo que a Si mesmo nos dá.

E a multidão sentada na relva é a própria Igreja, à qual  pertencemos pela graça do nosso batismo.


Frei Bento, irmão menor e pecador.

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