Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Quantas vezes nós traímos e somos nós mesmos as vitimas de nossa traição?!

Paz e Bem e bom dia a todos !




O Evangelho  de São João 13,21-33.36-38 nos fala  sobre as duas traições com as quais Jesus teve de lidar antes de Sua morte .

A primeira traição foi a de Judas Iscariotes.

Muito se tem escrito sobre a realidade desta traição, se Judas não teria sido um inocente útil, uma vitima e não o vilão, pois, se Judas não houvesse traído o Cristo, Ele não teria sido crucificado.

Será?

Judas não é um inocente pego a ultima hora para cumprir sua missão de trair o Filho de Deus, a trajetória de Judas nos Evangelhos, pelo pouco que sabemos dele, foi uma adesão a Jesus que significava para o Isacriotes, uma promessa messiânica de libertação política e de instauração de um Reino humano, onde Jesus seria proclamado Rei e expulsaria os romanos, e todos viveriam felizes para sempre.
Entretanto, não era esta a missão de Jesus.

A missão de Jesus se insere na corrente judaica chamada de Anawin , ou os pobres de Javé, que previam a vinda de um rei sim, mas um rei pobre, um Messias de dores, um messianismo espiritual.

A Virgem Maria pertencia a este grupo, tanto assim, que no seu Magnificat podemos ler traços desta esperança dos pobres no Menino, Maria profetiza que os soberbos serão retirados de seus tronos, e os humildes exaltados, que os pobres serão saciados, e os ricos despedidos de mãos vazias. Estas palavras não combinavam com a esperança dos fariseus de um Messias Guerreio e político, um Filho de Davi, um rei poderoso.

Mas Jesus vem a Jerusalém para conquistá-la, montada num jumentinho, não é um cavalo com arreios de ouro, de um conquistador , de um grande General.
Jesus vem montando numa “besta de carga”, não em uma “besta de guerra”.

Dede o discurso do Pão da Vida em São João 6, quando o Cristo se define como o Pão Vivo descido do céu, e que , quem não comesse de sua carne e bebesse do seu sangue não conheceria verdadeira bebida e a verdadeira bebida,  e os que não se conformassem com este Messianismo Espiritual que se retirassem

Judas Iscariotes  deve ter começado o processo de abandono de Jesus ali. 

No jantar na casa de Betânia, Judas é novamente questionado profundamente por Jesus, que ,  sabendo do processo  de Apóstolo para a Apóstata que se se passava em Judas, o questiona duramente  sobre a sua hipócrita preocupação com os pobres, visto que sendo o guardião da bolsa, dela roubava.

Apesar disto, Jesus nunca o diminuiu, sempre o conservou no grupo dos 12, e até na última ceia, ao “molhar o pão no molho” e dá-lo a Judas, o distinguiu entre os 12, pois este gesto de receber do dono da festa o pão molhado era sinal de grande consideração para com o convidado.

Assim sendo, todo processo de traição de Judas, foi uma pedagogia do Cristo, um ensinamento do Senhor, de que, a traição fere o traidor, nunca o traído.

E foi este o sentimento que matou Judas, a traição que ele fez voltou-se contra si próprio.

Quantas vezes nós traímos e somos nós mesmos as vitimas de nossa traição?

 Frei Bento, irmão menor e pecador.

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