Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.
Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Lembra-te ser humano, da tua pobreza!




Paz e Bem!

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Marcos 6, 7-13.

Este texto , e mais alguns outros, foram os textos evangélicos, nos quais o Pai Seráfico São Francisco de Assis inspirou-se, em  800 anos passados , ao escrever sua/nossa regra de vida, que Francisco entretanto resumiu em três observâncias:  “A Regra e a vida dos frades menores é esta: observar santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo em obediência, sem propriedade e em castidade.
E são estes conselhos evangélicos que Jesus dá aos Apóstolos neste texto de Marcos, ou seja, ide pelo mundo , anunciem o evangelho, mas não se esqueçam que são pobres falando em meio a pobres homens e mulheres, para os quais o Senhor veio anunciar a boa nova , a libertação.

Pois lhes diz o Senhor da vida:

“Jesus recomendou que não levassem nada pelo caminho, além de um bastão; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.  Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas.

Este ato de Jesus nos recorda a nossa pobreza , nos lembra  nossa pobreza pessoal.

Mas atenção,  não confundir pobreza pessoal,  com miséria , com a fome, com péssimas condições de vida, em quem tantos de nossos irmãos vivem pelo mundo. Estas mazelas sociais somos todos co-autores delas, o nosso irmão vive em grande indigência porque muitos de nossos outros irmãos,  vivem em grande abastança.


O capitalismo não sobrevive se não trouxer consigo o viés da desigualdade.

Podemos ser ricos proprietários de bens, mas, apesar de tudo, não possuímos aquilo que nos sustenta de fato. Não possuímos a irmã água, nem o irmão vento e o ar, nem a nossa irmã a  terra maternal, pela qual, o Senhor nos provê e nos sustenta, com seus frutos .

Não somos donos daquilo que nos faz sobreviver.

E em tudo aquilo que nos faz sobreviver, somos dependentes de irmãos que fizeram, desde as roupas que trajamos, até o pão que nos alimenta,  tudo é produto do trabalho de muitos. Somos todos interdependentes.

A nossa verdadeira pobreza é a pobreza da espiritualidade, é estarmos na nossa intimidade e nos vermos sem as mascaras que usamos para nos dizermos cristãos, fiéis, crentes, adoradores de Deus, etc.

Porque nesta intimidade comigo mesmo, é que eu estou nu , diante de minhas fraquezas, de minhas infidelidades, sem as mascaras e as penas coloridas que vestimos nas nossas pavonices diante dos outros, na nossa ostentação de aparências > nossas riquezas sem lastro.

Não nos serve ter poder, exércitos , palácios, grandes dinheiros em contas bancária, poderosos automóveis, se aqueles que nos servem, na sua humildade, sabem que tudo isso são pedras de falso brilho, ouro dos tolos, porque nada disto aponta para aquilo que o Senhor quer de nós , como Ele nos fala  neste evangelho de hoje:


"Nada além de um bastão, nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura, , de sandálias, e apenas uma túnica."

É o quanto basta para anunciarmos aquilo que cremos, e tudo o que passa desta singeleza de ser para crer, é superficialidade, não nos dá o único meio que precisamos para anunciar o Evangelho > a nossa dama e  senhora, a  santa pobreza de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Frei Bento irmão menor e pecador.

Um comentário:

  1. Olá Frei,

    a humildade, a caridade, a busca pelo amor "ágape" ... como o "mundo" está carente disso ...


    a paz de Cristo!

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