Louvai e bendizei ao meu Senhor,e dai-lhe graças. Servi-o em grande humildade.

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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Uma reflexão sobre o batismo das crianças, a partir do Evangelho de Marcos 10, 13-16.




Paz e Bem

"Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham", é a frase central do Evangelho deste Sábado, Marcos 10, 13-16.

Que nos leva a uma reflexão sobre o batismo das crianças, admitido pelas Igrejas Católica e Ortodoxa, e por algumas protestantes históricas, como a Anglicana, a Luterana e salvo engano, pela Presbiteriana.

O Senhor nos dirá no Evangelho que sigamos pelo mundo batizando em Nome da Santíssima Trindade, e nos diz também que todo aquele que crer e for batizado será salvo.

A verdade é, certamente, que ninguém é salvo porque  primeiro acreditou no Evangelho.

Ele é salvo através do crer, mas não após o crer. Isso faria a fé ser uma obra e seria uma negação da salvação pela graça somente.

Quando cremos em Cristo é porque Deus já começou sua obra de salvação em nós.

Todavia, até mesmo aqueles que crêem na salvação pela graça, dizem que o recebimento do sinal da salvação por uma pessoa depende de sua fé!

Ele pode receber a salvação “sem o seu conhecimento”, isto é, antes de ser capaz de responder e enquanto ainda está morto no pecado, mas ele não pode receber o sinal dessa salvação,  sem conhecimento. 

Isso é ainda mais claro quando entendemos que a água do batismo é somente o sinal do batismo. O batismo real é o lavar dos pecados pelo sangue de Jesus Cristo (Romanos 6,3, Colossenses 2,12, Tito 3,5).

O batismo real não é algo que dependa do nosso crer, e nem da nossa resposta, mas ele é “sem o nosso conhecimento”. Porque, de fato, ele já foi realizado principalmente na cruz, muito antes de nascermos (Romanos 5,8). Quão apropriado é que o sinal deva se igualar com a realidade nesse ponto. 

Não somente isso, mas recebemos realmente o batismo verdadeiro, o lavar dos nossos pecados, tão logo nascemos de novo na família de Deus.

Ao mesmo tempo somos ainda 'infantes' , no entendimento e obediência (Hebreus 5,12-14).

É tão estranho, então, que devamos receber o sinal do batismo no mesmo tempo do nosso primeiro nascimento e quando ainda somos crianças ? 

Tudo isso é a razão pela qual Marcos 10,14 é algumas vezes usado como uma prova para o batismo infantil, embora a passagem não mencione o batismo de forma alguma.

As crianças que foram trazidas para Jesus eram infantes (a palavra grega mostra isso, assim como o fato de que elas foram 'trazidas').

E, sem nem mesmo a possibilidade de qualquer tipo de resposta de fé da parte deles,  Jesus lhes concede a salvação, pois o que mais isso poderia significar, ser trazido até Ele, ser recebido por Ele, ser abençoado por Ele, se  não ser salvo por Ele?

O argumento, portanto, é que, visto que esses pequeninos receberam salvação Dele, o sinal da mesma salvação não deve lhes ser negado. Como ele poderia ser negado? 


Mas negam assim mesmo, negam levar a Ele os pequeninos e assim , se colocam na infeliz posição de juizes de quando se deve dar a salvação, ou seja, usurpam o papel de Deus.


Frei Bento, frade menor e pecador.

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