Paz e Bem !
Nestes dias que acompanhamos os terríveis momentos que passam milhares de japoneses, tanto pelo terremoto e suas conseqüências, como pelo mal da radioatividade, muitos se perguntam : Como Deus pode permitir isto?
Mas também nos perguntamos : como Deus pode permitir o holocausto? Como Deus pode permitir o terremoto do Haiti? Como Deus pode permitir tanta miséria na África e nos pequeninos de todo o mundo?
Enfim, as dores da humanidade são muitas.
Mas a dor de Deus, encarnado e exilado na nossa humanidade, também é um grito que ficou sem resposta : Pai por que me abandonastes?
A paixão do Cristo que estamos nas vésperas de celebrar nos revela um Deus que compartilha a nossa dor, a dor de Deus que se entrega como servo sofredor e vive as dores dos homens de forma mais pungente.
A Teologia constrói uma teodicéia para tentar isentar Deus das “responsabilidades” pelas dores humanas, quando deveria fazer o contrário, ler as dores dos homens na perspectiva da dor do Cristo, e ai encontrar o sentido de toda dor.
Pois, à luz da paixão de Cristo todas as dores são conformadas.
Como lemos no Evangelho de hoje, Mateus 20, vv 18 e 19 o Senhor dizendo de Sua dor, de sua paixão , de sua flagelação e da zombaria , da morte que iria sofrer, mas morte que não se esgota em si mesma, que será enfim derrotada pela Sua gloriosa ressurreição > assim , o Senhor nos ensina a Esperança.
E diz São Paulo que é na Esperança que fomos salvos, Romanos 8, 24, tema da Encíclica Spes salvi do papa Bento XVI.
O mal é um mistério indecifrável, talvez porque não esteja no mundo para ser compreendido, mas para ser combatido, e em toda dor há um sentido secreto que escandaliza toda a razão.
Frei Bento, frade menor e pecador.
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