Paz e Bem !
Estamos na Sexta Feira santíssima, quando o Senhor, por nós se entrega, em ato volutntário de seguir a Vontade do Pai. Hoje a Igreja não celebra a Eucaristia, a Santa Missa.
O Altar está deserto, nu, sem ornamentos, porque o Altar é o Próprio Jesus, que é, ao mesmo tempo a Vítima que se imola e o Sacerdote que celebra o sacrifício perfeito, que nos dá vida e santidade.
E hoje, o Sacerdote Perfeito está nú, sem beleza alguma, cheio de dores.
E hoje, o Sacerdote Perfeito está nú, sem beleza alguma, cheio de dores.
Tudo na vida do Cristo se dirige para nós, homem e mulheres , toda sua vida, suas parábolas, seus ensinamentos, sua dor e sua ressurreição são para nós, para que também nós possamos compreender o mistério da vida, o mistério da dor. Mas também o mistério da Perfeita Alegria, que amanhã solenemente vamos celebrar na Vigília Pascal.
O Evangelho de hoje, é a grande narrativa de João 18, 1-40. 19, 1-42, nestas palavras se ensina tudo que se passou naquele dia.
Mas o que eu gostaria de refletir é sobre o texto do mesmo Evangelho de João 3,14-21, que antecipa o que ocorreu nesta Santíssma Sexta Feira da Paixão, quando Jesus diz a Nicodemos: “- Assim como Moisés, no deserto, levantou a cobra de bronze numa estaca, assim também o Filho do Homem tem de ser levantado, para que todos os que crerem nele tenham a vida eterna”
A imagem é recorrente em ambos os casos à serpente de bronze que Deus mandou fazer por intercessão de Moisés, após a revolta do povo, conf. Num 21, 4-9 para que todos que estivessem contaminados pelo veneno , ao olhar para a serpente de bronze ficassem curadas.
A figura da serpente de bronze no deserto prefigura o Senhor Crucificado, em ambos o simbolismo é evidente.
A serpente de bronze, apesar de se assemelhar às serpentes que envenenaram o povo de Israel, não continha o veneno algum, embora lhes fosse semelhante.
O Senhor Jesus não possuía o pecado algum, mas todo aquele que para Ele olhar , no seu trono de humana dor, será liberto do pecado, que é semelhante ao homem.
E em outra passagem, em João 8 , 21-30> novamente Jesus dirá: “Quando levantardes o Filho do homem, então sabereis que ‘Eu sou”.
E todo “Eu Sou” que Jesus É, se traduz por misericórdia e perdão, a nossa cura das trevas.
É que tantas vezes preferimos as trevas à luz, que emana do Cristo Crucificado por nós. É da cruz, do lugar do tormento e do opróbrio, que Deus constituiu lugar de Luz, para que Nele creiamos e para que já não sejamos julgados pelas trevas que o nosso mal produza.
Com a Virgem Maria, modelo da escuta e do acolhimento da Vontade de Deus, possamos aprender a viver na Luz que brota da Cruz , para que nossas ações sejam feitas de acordo com a Santíssima Vontade de Deus.
Você vive na treva do mal ou na Luz que vem de Jesus , levantado diante dos Homens?
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