Paz e Bem !
Neste dia 31 de Maio, terminando
o mês de Maria, das mães e das flores, a Igreja celebra a festa da visitação de
Nossa Senhora a Isabel, conforme o texto de Lucas 1, 39-56.
Nestes versos de Lucas se
encontra o tesouro da Mariologia, que é o estudo do papel da Virgem Maria
dentro da Cristologia, porque toda nossa Fé está centrada no Cristo, e a pessoa
de Nossa Senhora só tem a sua grandeza quando vista através dos olhos
de Jesus, em função Dele e para Ele.
Porque a doce
Virgem é aquilo que ela mesmo definiu ser > a humilde serva do Senhor, e seu
grande mérito foi saber ser pequena, ser a última, ser a mulher silenciosa que
contempla a Vida do Filho com os olhos de quem ama profundamente.
Mas que viveu como nenhum
outro ser humano, este encontro visceral com Deus, esse grande mistério , o
de gerar em suas entranhas > Aquele que sempre existiu
.
Em Lucas 1,
41 temos o verso que exprime essa singularidade quando Isabel, cheia do
Espírito Santo proclama , e Lucas insiste em dizer “em alta voz”, ou seja para
que mesmo os ouvidos que não querem ouvir, ouçam, que diante dela estava
a mãe do Seu Senhor.
E o Senhor é Deus.
Não a mãe de um menino qualquer, mas a mãe do Menino, que desde a sua concepção era simultaneamente Homem e Deus, pois que Nele as duas naturezas estão unidas, da mesma forma que Ele é Uno com o Pai mediante o Amor do Espírito Santo.
E o Senhor é Deus.
Não a mãe de um menino qualquer, mas a mãe do Menino, que desde a sua concepção era simultaneamente Homem e Deus, pois que Nele as duas naturezas estão unidas, da mesma forma que Ele é Uno com o Pai mediante o Amor do Espírito Santo.
Mas Maria é silenciosa, ela não
protagoniza, ela não assume nos Evangelhos e no Kerigma Apostólico, papel de
proeminência. Porque ela soube ser aquilo que encantou a Deus, humilde e
pequena, silenciosa e discreta, mas firme na submissão a Deus e a Seu Plano.
Karl Barth, teólogo protestante
do século XX, tem uma abordagem interessante sobre esse papel de Maria,
aparentemente secundário, mas fecundo de significado e de testemunho. Ele
escreveu que : “Maria é um fator indispensável na proclamação bíblica
pela ausência da ênfase em sua pessoa, pelo significado infinito de sua
modéstia e humildade, de quem só recebe a bênção”.
Em um tempo em que tantos
cristãos querem ser os primeiros , atrair pra si as atenções do mundo ,
da mídia, do dinheiro, Maria os contrapõe o seu exemplo, de quase
absoluto anonimato, de sua quase inexpressividade, mas que do seu silêncio , de
suas poucas palavras, de sua pobreza > é que nos chegou o Salvador.
Aquele Jesus que tanto amamos e
que disse certa vez que , quem quiser ser o primeiro, que seja o último, quem
quiser ser o maior, seja o servo, pois os últimos serão os
primeiros, os servos serão os justos e os humilhados é que serão exaltados, no
Seu Reino, na Sua Lógica.
E esta foi Maria > a Virgem
do serviço > da humildade > e do silêncio.
E Maria nos visita também hoje,
trazendo-nos o Seu Filho. Que também possamos ser como João Batista, e saltar
de alegria diante Dele, que é o Deus de nossa alegria.
Frei Bento, frade menor e
pecador.
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