Paz e
Bem !
Caríssimos,
hoje nos é dado ouvir o Evangelho de Mateus 5, 13-16, onde o Senhor da
Vida nos revela verdades perturbadoras: somos o sal e a luz do mundo...
Será
que somos?
O sal
somente poderá ser medido em quantidade, é difícil ver um único cristal de sal,
no entanto, somos isso mesmo, pequenas e inúteis partículas de sal, que
só tem sabor quando juntas, só têm serventia quando em grande número, só então
podemos realizar essa nossa vocação de ser sal da terra, só então seremos uma
pitada de sal , que , entretanto, poderá alterar substancialmente o sabor, para
mais , ou para menos.
No
contexto bíblico o sal era usado para ser adicionado às oferendas do templo,
era o um sinal da aliança de Deus com Seu povo conforme nos recorda o texto de
Levítico 2, 13, quando era prescrito usar o sal nas oblações para ofertar ao
Senhor.
Então
, no Novo testamento, Jesus nos revela que somos o sal da terra, que se perder
o sabor perde a utilidade.
Nossa
utilidade como sal da terra está, portanto, na nossa adesão á Vitima Perfeita,
à Oblação do Cordeiro, à definitiva Aliança do Deus Conosco > Jesus.
Seremos
o sal da terra na medida em que nos unirmos
ao Sacerdócio do Cristo e nos tornamos em Jesus, novas criaturas, nação santa,
povo do Senhor.
Tornamos-nos
parte do Sacerdócio de Cristo pelo Batismo, por este motivo antigamente o sal
era usado na unção batismal > para nos recordar que somos esse sal que o
Cristo nos manda ser.
E
somos o sal que se une ao Sacrifício da Vitima Perfeita através da Eucaristia,
quando em comum nos unimos ao Corpo Sangue, Alma e Divindade de Cristo e
cumprimos na Nova Aliança aquilo que a Antiga Aliança previa.
Mas
além de sal, somos como o sol, somos luzes do mundo.
Mas
Cristo é a Luz do Mundo ( S.João 8, 12). Como podemos ser também, luz?
Do Evangelho
de João nos vem a resposta, que é uma
proposta, pois , em Cristo havia a luz e Nele havia a vida , e a vida era a luz
dos homens.
Entretanto,
tantos não viram, e ainda se recusam a ver, a Luz que resplandece nas trevas.
O que
Jesus nos pede hoje e que vejamos a Luz que Dele vem e a recebamos em
plenitude, como graça sobre graça ( João.1, 16).
Que
sejamos como a luz da irmã lua, refletindo nas trevas de tantas noites, a Luz
radiante do Sol que do Seio do Pai emana, através de nós, na nossa
pequenina luz > neste mundo de tantas trevas.
Frei
Bento, frade menor e pecador.
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