Paz e Bem !
No Evangelho de São Lucas 6, 39-42, lemos o famoso texto que tantos de nós usamos , até mesmo para justificar nossas atitudes diante das criticas que recebemos> “Por que você fica olhando o cisco no olho do seu irmão, e não presta atenção na trave que há no seu próprio olho?”
No contexto dessas palavras podemos ver Jesus cercado e ouvido por fariseus que queriam a qualquer custo pegar o Senhor em alguma contradição com lei, o fazem até hoje aliás...
Por isso, Jesus sempre fala deles, dos que condenavam o gesto hipócrita, vivido pelos que seguiam a lei conforme a sua vontade e conveniência.
Os fariseus tinham extrema habilidade em enxergar pequeninos erros , ciscos no olho do vizinho, mas se esqueciam das traves que cegavam seus olhos .
São os mesmos que apedrejavam os pecados dos outros se “esquecendo” dos seus próprios; o sentido aqui é o mesmo.
Hoje, no século XXI , somos cada vez mais pessoas , vivemos cercados de multidões.
Somos regidos por regras sociais legais e de convívio social. Isso faz parte de estar em meio a outras pessoas. Já que não moramos mais nas cavernas , ou numa ilha deserta , ou apenas sozinhos, precisamos dar conta das diferenças que nos são impostas.
Precisamos de gente que nos oriente, nos sugira, nos ofereça uma alternativa sadia e não alguém que decrete sobre minha vida apenas por não gostar de mim, ou por inveja ou outro motivo torpe.
Vemos a todo instante pessoas que se apegam aos erros dos outros se esquecendo dos acertos que também ocorrem; pessoas que não se resolvem consigo mesmo, mas conseguem descrever o que acontece com a vida do outro> pessoas que não conseguem ser algo e se realizam tentando não deixar que ninguém seja. Pessoas que muitas vezes precisam é rever sua própria vida.
Para então ter a sensibilidade de achar um pequeno cisco no olho do outro e com delicadeza, soprá-lo para longe, como acontece com quem nos tira o cisco do olho por caridade, nunca por maldade.
Este é o sentido de Jesus dizer> tire a trave do teu olho para poder aliviar o outro, do pequeno cisco que lhe arranha os olhos.
Então nos fica a reflexão, nós sopramos o cisco dos olhos dos outros por misericórdia?
Ou para aprofundar seu desconforto?
Frei Bento, irmão menor e pecador.
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